quinta-feira, 3 de julho de 2008

Armário



Abrir o armário para pensar.

Trecos e terecotécos revirados
Roupas sujas misturadas às limpas, sendo usadas e batidas
as queridas e as simplesmente usadas
passadas, dobradas, guardadas...

Um minuto de silêncio pelas lembranças que trazem
um minuto de silêncio contemplando a reviravolta de um armário
só por ser armário e guardar tantas riquezas
tristezas materiais...

As minhas roupas e as tuas também
entrelaçadas, enamoradas...
cúmplices na orgia das traças
perfumadas de bolor...

Armário que no canto esconde a festa
espera atenção,
limpeza de despedida...
é chegada a hora de ar, Mário!