domingo, 21 de junho de 2009

NADA!

Nada será igual ou tão provocante
Nada será tão completo ou tão substancial
Nada terá o mesmo sabor doce de descoberta
Nada me falta tanto... tanto sublime amor
Nada começa pequeno e tão grande se torna
Nada substituirá, seja maldição ou não
Nada será tão sofrível quanto meu café solúvel.

terça-feira, 16 de junho de 2009

AUSÊNCIA

"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Quem tem medo da mídia má?

O medo é um sentimento que está em nós desde a infância e durante a vida aprendemos a lidar com ele. A sociedade contemporânea das grandes metrópoles, dominada pelo acréscimo deste sentimento tem como referencial infantil a mídia no papel de lobo mal propagador das grandes neuras cotidianas.
Muito se explica a mídia partir de um padrão sócio-cultural relacionada a arte da informação doutrinar seu conteúdo de divulgação e divagação das notícias como interesse mercadológico. Todos, claro, têm receio da violência urbana, mas o que preocupa é o quanto a veiculação de notícias pode disseminar um medo específico influenciador no comportamento dos cidadãos.
Segundo Barry Glassner, autor do livro “Cultura do medo”, muitas vezes a mídia não tem discernimento para discutir dados sobre criminalidade e coloca em questão a realidade dos fatos divulgados por ela. Nos EUA, as pessoas têm a impressão de que a criminalidade vem aumentando e ao contrário, está diminuindo. O crime cai e o medo aumenta, a população está iludida.
A indústria cultural, cuja técnica é a força produtiva, mascara uma realidade e desvela o germe da barbárie no interior da civilização, aprisionando as pessoas a viverem uma “agorafobia”.
Normalmente, jornalistas deveriam tomar contato com estudos e pesquisas de conteúdo para entender os problemas sociais encontrados nas grandes cidades, no entanto, ela utiliza outros meios para esclarecer a situação, corta o caminho da apuração da notícia e se baseia em fatos apenas contados.
Considerar e bater de frente com as mazelas do ritmo intenso das grandes cidades, pode ir contra os interesses da mídia. Ela sobrevive e cresce cada vez mais nesse modo de vida consumista e competitiva. A explicação da mídia pode embarcar o telespectador mais desatento numa rede de preconceito contra aqueles que adquiriram transtornos psicológicos causados por ela, num processo ainda maior de exclusão da sociedade para com esses moribundos.
Pode-se perceber que pessoas que adquirem transtornos são apropriadas como personagens e ao mesmo tempo vítimas da cultura do medo, veiculadas insistentemente pela mídia em forma de notícias sobre crimes, drogas, doenças misteriosamente encontradas e minorias.
Um dos casos mais característicos dessa propagação do medo aconteceu em São Paulo, em maio de 2006, com o ataque do Primeiro Comando da Capital (PCC) aos principais pilares da cidade.
Nesse episódio a mídia sensacionalista serviu de “assessora de imprensa” dos bandidos e divulgou notícias em excesso, causando maior apreensão da população, além de ‘manchetar’ notícias confusas e desencontradas. Apressadas para dar o furo de reportagem, as informações eram muitas vezes divulgadas erroneamente, alcançando cada vez mais o objetivo da facção.
Não era de se espantar que os ataques levaram a sociedade a um verdadeiro caos, acabando com a rotina da grande cidade, acostumada com a ordem. Um ataque muito bem planejado, que contou com o “apoio” da mídia que ampliava a magnitude dos ataques por causa da repetição das imagens e notícias.
Muito do que se espera da imprensa foge de um contexto real, cria a ilusão de uma sociedade desgastada pela rapidez das notícias e propaga o medo inconsciente; a vilã da história que devora toda uma sociedade.
Crítica de Mídia -- 'Medo e Mídia'

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Novo ciclo

"(...) eu vejo um novo começo de Era, com gente fina, elegante e sincera (...)"